Conheça o projeto social que ajuda famílias na região do Barreiro, na Boca do Rio

Conheça o projeto social que ajuda famílias na região do Barreiro, na Boca do Rio

15 de maio de 2022 0 Por Rebeca Almeida

Projeto Girassol distribui sopa aos domingos e faz trabalhos de assistência para 90 famílias.

Fonte: Redação | Fotos: Redação

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Em pleno domingo, por volta de 6h30 da manhã, Elisângela Lima, 49 anos, e os pais, Elisiáro e Maria Jesuíta Lima, idosos de 71 e 66 anos, já estão de pé. Moradores do Imbuí, junto com uma equipe de voluntários, a família cozinha cerca de 240 litros de sopa em uma enorme panela, que ocupa quatro bocas do fogão, e distribui para famílias na região da Barreiro, na Boca do Rio. 

Seu Elisiáro e dona Maria Jesuíta são criteriosos, têm a forma correta de fazer a sopa, que precisa ser saborosa para todo mundo, pois será doada para famílias e moradores em situação de vulnerabilidade social. A distribuição acontece todo domingo, a partir das 8h, e todos que entram na fila são acolhidos, desde que ainda tenha sopa na panela. 

Os beneficiados são homens e mulheres, jovens e idosos, que recebem o alimento para si e para a família. Muitos não escondem a necessidade. “Essa sopa tem ajudado a alimentar minha filha e os seis filhos dela”, conta uma senhora que estava na fila, mas preferiu não se identificar. Em seguida, um rapaz pega sopa para si e mais um colega, que segundo ele estava “com vergonha de ficar na fila”. 

A distribuição de sopa acontece a cerca de 60 anos. Durante a pandemia do coronavírus, a distribuição de sopa parou por um curto período de tempo, mas logo foi retomada. “As pessoas continuavam com fome”, explica Maria Jesuíta, que apesar do medo da contaminação, diz que optou por continuar trabalhando no projeto seguindo todas as medidas de segurança contra a propagação da doença. 

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A produção começa na segunda-feira, quando são comprados os alimentos para a sopa do domingo. Os organizadores contam que optam por comprar em mercados do próprio bairro, para incentivar o comércio local. “Com alta dos preços, a gente vai de um lugar para o outro, pra ver os locais mais baratos”, conta Elisiáro. 

Projeto Girassol

A distribuição de sopa acontece desde que o Centro Espírita Deus Amor e Justiça (CEDAJ) se instalou na Rua Professor Pinto de Aguiar. No entanto, a cerca de 12 anos o grupo responsável pelas iniciativas de solidariedade, passou a se chamar “Projeto Girassol”. Estão à frente do grupo, além de Elisângela e os pais, Gina Matos, Lúcia Helena, Shirley Rocha e Márcia Milena. 

“Muita gente pensa que por ser uma atividade realizada no CEDAJ vamos misturar com religião, mas não é verdade. As ações solidárias são separadas, por isso criamos o nome Projeto Girassol, para que ninguém se sinta desconfortável”, explica Elisângela. 

Além da sopa, o projeto também faz doação de cestas básicas e enxovais para cerca de 90 famílias assistidas. Quase o mesmo número de pessoas aguarda em uma lista de espera para também receber ajuda. 

“Nós não temos como ajudar todos, por isso fizemos essa lista de espera, para caso surja alguma vaga regular ou para que recursos extras possam ser repassados para outras pessoas”, explica. 

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Os fundos para compra dos alimentos vem de doações de amigos e colaboradores. É uma grande rede de apoio mas que por causa do aumento da demanda da pandemia está enfrentando dificuldades para manter as atividades. 

“Estamos há muitos anos fazendo esse trabalho, mas com a crise econômica a demanda cresceu e nós começamos a divulgar e pedir ajuda para mantar o projeto”, explica Elisângela. 

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Solidariedade 
Elisângela conta que cresceu em uma realidade onde o trabalho voluntário para ajudar o próximo sempre foi presente. “Eu não sei dizer quando isso despertou em mim porque cresci vendo minha mãe fazer essas coisas”, conta. No entanto, há 12 anos ela tomou a frente de ações integradas do Projeto Girassol. 

“A situação piorou muito com a pandemia. Antes eram 30 famílias fixas apoiadas pelo projeto, depois essa quantidade triplicou. Já as doações, que cresceram muito no período, foram deixadas de lado agora que a situação está melhorando”, conta Elisângela. 

Quem tiver interesse em ajudar o projeto pode entrar contado através das redes socais (@c_e_deusamorejustica) ou contribuir com doações através do PIX 16.475.238/0001-03 (CNPJ do Centro Espirita Deus Amor e Justiça).

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