Empresários da Boca do Rio protestam e pedem a isenção de impostos para evitar falências

Entre as reivindicações está o pedido de isenção de impostos e da carga tributária do estado e do município

Fonte: Redação | Foto: BDRM

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“Qualquer trabalho que provê o pão de cada dia é essencial”. Esse foi o lema da carreata realizada na manhã desta terça (02) por empresários e comerciantes que, em um grupo com cerca de 100 veículos, saíram da Praça do Imbui, sentido final de linha da Boca do Rio, protestando contra a falta de diálogo com o governo do estado e a prefeitura de Salvador.

Para eles, falta o governo do estado e a prefeitura de Salvador dizerem como ficará o pagamento dos impostos, uma vez que o comércio encontra-se praticamente todo fechado.

“Temos famílias. Como vamos levar o alimento para nossos filhos? E nossos funcionários que dependem de nós para sobreviver, como ficarão?”, disse um comerciante que preferiu não se identificar.

“Não estamos negando o vírus e nem a gravidade da situação. Nós só queremos saber do governador como nós pagaremos nossas contas em dia”, disse outra empresária

“É muito fácil o Estado, a Prefeitura, chegarem e decretarem parar todo o comércio, todas as lojas fecharem e os comerciantes pagarem uma conta que eles não tem nada haver com isso. As aglomerações não são feitas dentro das lojas do bairro. As aglomerações aconteceram quando eles fizeram as eleições, liberaram o futebol, quando liberaram praia, quando não providenciaram as vacinas. Desde o mês de dezembro que já poderia estar dando a vacina para todos. E aí, chega simplesmente e fecha todo o comércio. Só que mais de 90% dependem do comércio para sobreviver. E aí, faz como no começo do mês? E qual é a proposta deles? Eles mandam fechar, mas não diminuem o IPTU, não diminuem o imposto da substituição tributária, não diminuem o Simples Nacional, nem sequer tiram multa. Então é muito simples chegar, mandar fechar todas as lojas e não pensar em todas as pessoas que estão por trás da loja. E os funcionários vão comer o quê? Porque 90% dos comerciantes não tem como pagar a folha para os funcionários. E vai fazer como? Os funcionários vão fazer o quê? Então essa é a dificuldade. Ah! O governador tá dizendo “o que é fechar 48hs, do quê vidas?”. Só que ele tá esquecendo que essa conta não é nossa. Essa conta é deles. A responsabilidade, a irresponsabilidade é deles, não dos comerciantes”, Disse outro empresário num depoimento mais forte.

Colaboração: Josilene Melo

A preocupação que foi mais citada durante a manifestação é o medo da falência devido ao atraso nas contas. Outro situação muito comentada foi a inadimplência em relação aos alugueis. Muitos já estão com alugueis atrasos e temem o despejo por parte dos proprietários. “Tem muito proprietário que não quer saber de loja fechada, ele quer o dinheiro do aluguei, independente de qualquer coisa. Como a gente vai conseguir pagar esse aluguel, que já não é barato? Se fecharmos as portas, automaticamente haverão demissões e a gente não quer nada disso. A única coisa que a gente quer é o direito de pagar nossas contas em dia e pra isso, queremos que o governador nos apresente uma solução”.