Greve de professores da rede municipal afeta instituições da Boca do Rio; confira

Greve de professores da rede municipal afeta instituições da Boca do Rio; confira

19 de maio de 2022 0 Por Rebeca Almeida

Paralização começou nesta quinta-feira (19). Professores cobram reajuste do piso salarial, que segundo eles, não acontece há oito anos.

Fonte: Redação | Foto: Redação

Professores da rede municipal de ensino começaram uma greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (19). Estudantes na Boca do Rio foram parcialmente afetados, mas algumas instituições já enfrentam problemas há algum tempo, como é o caso da Escola Municipal Julieta Calmon, fechada desde dezembro para reforma.

A greve abrange 7.600 trabalhadores de todo o município e afeta o funcionamento de mais de 420 escolas. A greve da categoria foi aprovada em uma assembleia, realizada na última segunda (16). Os professores reivindicam o reajuste de 33,24%, enquanto a prefeitura ofereceu 6%.

“A principal reivindicação é por aumento do piso salarial, que não acontece há oito anos. Também dizem que todos os todos professores já recebem o piso, mas não é verdade. Além disso, há várias outras coisas, como melhoria da infra-estrutura das escolas, obras que não terminam, entrega de equipamentos que nunca foram entregues e etc”, disse uma funcionária da Escola União Caridade de Abrigo, na Boca do Rio, que preferiu não se identificar.

“Alegam que os professores não trabalharam durante a pandemia mas o ensino remoto só aconteceu com recursos dos próprios professores”, complementou.

Através de uma nota enviada à redação do Boca do Rio Magazine, a prefeitura informou que “a folha do magistério municipal já consome mais do que 100% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Além disso, a Prefeitura não só já cumpre o piso salarial da categoria, conforme decisão do STF, mas também assegura uma das melhores remunerações do Brasil para os professores da rede pública”.

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Escolas do bairro
Nesta quinta-feira (19), o Boca do Rio Magazine visitou algumas escolas municipais do bairro para saber como a greve afetou os estudantes.

Na Escola Municipal União Caridade e Abrigo, localizado na Rua Heitor Dias, que tem cerca de 220 alunos, de 1º ao 4º ano fundamental, não teve aula nesta quinta. Mas, de acordo com funcionários que preferiram não se identificar, dois professores não aderiram à greve e, por isso, uma turma deverá ter aula na sexta-feira (20). “Uma servidora e uma ‘reda’ [Regime Especial de Direito Administrativo] não aderiram à greve”.

J´´á o Colégio Imeja, que fica na Rua Abelardo Andrade de Carvalho, cumpriu o calendário normalmente nesta quinta, de acordo com informações da diretoria da escola. No entanto, aguarda definições de assembleia realizada na Praça Municipal, para definir se nos próximos dias haverá aula ou não. A instituição atende cerca de 800 alunos, em três turnos.

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O problema da Escola Municipal Julieta Calmon, na Rua Jaime Loureiro, é anterior a greve. Nesta instituição os alunos estão sem aula desde dezembro, quando uma reforma começou a ser feita na unidade. A obra tinha previsão de entrega de 120 dias, mas já foi adiada três vezes.

Os alunos estão sem aula desde então, apesar de estarem matriculados. Somente a secretaria da instituição está funcionando, em uma sala disponibilizada no Imeja.

“Estamos aqui apenas para dar informações aos pais e, caso um aluno consiga vaga em outra escola municipal, nós fazemos a transferência. Os estudantes estão sem atividade nenhuma, apenas assistindo aquela aula remota que passa na TV”, explicou um funcionário do setor administrativo do Julieta Calmon.

A equipe do Boca do Rio Magazine também questionou à Secretaria Municipal de Educação sobre a situação do Julieta Calmon, mas não recebemos retorno.

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