Ídolo nos gramados e na comunidade, Kanu explica a sua paixão pelo futebol e o bairro onde foi criado
26 de maio de 2020Zagueiro participou da live Isolados e Conectados, de Filipe Soares , fundador do Conta Que eu Conto
Parceria Colaborativa: Filipe Soares | Foto: Arena Rubro Negra
O jogador de futebol Kanu, participou de um bate bola na live Isolados e Conectados, de Filipe Soares, e falou sobre a sua carreira, preparação durante a pandemia e a sua relação com o bairro da Boca do rio, onde foi nascido e criado.
A sua carreira profissional teve início no ABC Futebol Clube, onde conquistou o seu primeiro título. Logo após, teve passagem por outros clubes do país como o Ituano e Cabofriense pela série B do Campeonato Brasileiro.
Após passagem por alguns clubes do Brasil, Kanu assinou contrato com o Esporte Clube Beira-Mar de Portugal, permanecendo no clube por aproximadamente quatro anos. Foi lá também que ele escolheu o tão conhecido número 25 da sua camisa.
“Todas as coisas que eu faço é com o número 25, até o meu número de telefone tem que ter 25, se não tiver, não presta. Pra mim é o número da sorte”, explicou o jogador.
Depois de três temporadas em Portugal, o atleta despertou interesse do Standard Liège da Bélgica, onde permaneceu por quatro temporadas e disputou a Liga dos Campeões da UEFA, competição conhecida mundialmente. Durante os quatro anos, o atleta conquistou títulos e destaque como melhor zagueiro das competições.
De volta ao Brasil, o atleta assinou contrato com o Esporte Clube Vitória. Em quatro temporadas, Kanu fez mais de 100 partidas, marcou 16 gols, se tornou o zagueiro com mais gols na história do clube e virou o ídolo da torcida.
Ainda pela equipe rubro negra, o jogador explica a sensação de jogar o BAxVI, um dos clássicos mais antigos do país. “Eu passava a semana inteira pensando nesse jogo, é uma coisa diferente. Eu ficava mais nervoso fora de campo do que no dia do jogo. Eu costumo falar que clássico a gente não disputa, clássico a gente ganha”, brincou.
Apesar do futebol ter mudado a sua realidade de vida, Kanu não esqueceu das suas origens e tem uma relação muito próxima com o bairro onde foi criado. “Eu sou nascido e criado na Boca do rio, a minha infância foi toda lá, meus melhores amigos são de lá, então eu tenho um carinho imenso pela minha comunidade, pela minha favela”, disse.
Há alguns anos, o jogador, carinhosamente conhecido como Bibiu pelos amigos do bairro, realiza ações sociais e ajuda mais de 300 famílias na sua comunidade. Nas festas de Natal, Páscoa e Dia das Crianças, a sua chegada é muito esperada pelos moradores.
Com as medidas restritivas contra o Covid-19, Kanu continua se preparando fisicamente em casa, enquanto aguarda o retorno aos gramados. Atualmente com 36 anos, o jogador pretende continuar jogando, mas já tem planos para o futuro fora dos campos e pretende ser agente de atletas e descobrir novos talentos para o futebol.
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