
Professores mantém greve em Salvador após impasse com prefeitura sobre reajuste salarial
16 de maio de 2025Categoria realizou uma nova assembleia nesta quinta-feira (15) e decidiu pela manutenção da greve, que já dura 10 dias
Fonte: G1 Bahia
Professores da rede municipal de educação de Salvador decidiram manter a greve após não chegarem a um acordo com a prefeitura da capital baiana. A categoria realizou uma nova assembleia nesta quinta-feira (15) e vive um impasse com a gestão municipal sobre o pagamento do piso salarial. Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pela gestão municipal, que previa um reajuste de 6,27% no salário. A greve dos professores já dura 10 dias e afeta mais de 131 mil alunos da rede municipal de ensino.
Por meio de nota, a APLB-Sindicato exige que o piso salarial do magistério, previso para R$ 4.867,77, conforme determinação do Ministério da Educação (MEC), seja pago pela prefeitura. Eles alegam que gestão paga pouco mais de R$ 3.070 e enfatizam que essa defasagem já dura mais de 10 anos.
Após negarem a proposta, os professores afirmam que não houve novas rodadas de negociação com a prefeitura. Segundo a apuração da TV Bahia, os trabalhadores mantiveram a greve mesmo após uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), divulgada no dia 7 maio, que determinou o retorno imediato dos profissionais às atividades, no prazo de 24 horas. A categoria decidiu manter a paralisação até a próxima terça-feira (20), quando acontecerá uma nova assembleia.
A prefeitura afirmou, em nota, que segue aberta ao diálogo com representantes da rede pública municipal. Além disso, a gestão ressaltou que nos últimos anos promoveu investimentos robustos para melhorar a qualidade da educação municipal, como a requalificação da infraestrutura das unidades de ensino, bem como investimentos em formação e tecnologia.
Entenda exigências das categoria
Além dos salários, os professores pedem mais concursos públicos e melhores condições de trabalho nas salas de aula. Os profissionais declararam o estado de greve no dia 6 de maio e chegaram a realizar um protesto na Praça Campo Grande para marcar o início das reivindicações.