
Rodoviários de Salvador entram em greve a partir de segunda (07)
5 de junho de 2021Semob afirma que vai intervir para tentar evitar greve
Fonte: Bnews | Foto: Divulgação

Após mais uma nova reunião com empresários terminar sem acordo nesta sexta-feira (4), os rodoviários de Salvador decidiram decretar greve a partir da segunda-feira (7). O diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Daniel Mota, cobrou a participação do prefeito Bruno Reis durante as rodadas de tentativas de conciliação com as empresas do transporte público. Para Mota, a presença do gestor poderia evitar a greve.
“Para a categoria foi um momento final de conciliação no Tribunal e a própria juíza determinou algumas diretrizes. Eu penso que o prefeito poderia entrar no circuito para gerenciar esse conflito. Já flexibilizamos em vários aspectos para evitar a greve”, afirmou.
Ele disse ainda que há a possibilidade de negociação para evitar a greve. “Confirmadíssima a greve. Decretamos, mas estamos abertos até segunda para negociação”, disse.
A Justiça autorizou os rodoviários a deflagrarem greve, desde que 60% da frota de coletivos saia nos horários de pico (5h às 8h e das 17h às 20h) e 40% nos demais horários, conforme previsto em lei, caso a reunião desta sexta não tivesse acordo. Antes disso, a categoria já tinha ameaçado paralisar as atividades, contudo, foi impedida judicialmente.
Os rodoviários reivindicam o parcelamento do reajuste de 7,5%, correspondente ao INPC acumulado, em duas vezes, e a manutenção das conquistas anteriores. Com relação à revisão da compensação das horas extras, outro impasse nas negociações, o Tribunal propôs o pagamento de 50% das horas extraordinárias pelas empresas e compensação de 50% pelos trabalhadores.
Diante da possibilidade de greve, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Mobilidade, anunciou que irá buscar junto às partes uma mediação a fim de evitar que a paralisação ocorra.
“A gente vem tentando mediar essas conversas, buscando sensibilizar ambos os lados sobre o momento de dificuldade que nós vivemos em razão da pandemia, e uma eventual paralisação traria consequências muito ruins para a cidade e sua população que utiliza o transporte público”, afirmou o secretário de mobilidade, Fabrizzio Muller.