Concessão da nova orla avança e prefeitura fica perto de definir empresa responsável por quiosques

Concessão da orla de Salvador terá 30 anos, inclui novos quiosques e barracas, com investimento de R$ 60 milhões

Fonte: Bnews / Foto: Salvador PAR

Os quiosques e barracas de praia a serem instalados nos aproximadamente 3,5 quilômetros de extensão da orla de Salvador — que atravessa a Avenida Octávio Mangabeira, entre as praias da Boca do Rio, dos Artistas, Pituaçu e Patamares — estão cada vez mais próximos de serem concedidos à iniciativa privada.

O edital de licitação, que prevê a concessão dos equipamentos por 30 anos, está em andamento desde o final de novembro do ano passado. Além disso, a previsão é que a abertura das propostas ocorra na próxima quarta-feira (22). Com o avanço do processo, o BNews listou as principais iniciativas previstas no projeto.

Serão investidos mais de R$ 60 milhões para a requalificação dos 25 quiosques já existentes e criação de mais nove equipamentos — totalizando 34 quiosques. Além disso, a área ainda deve comportar 70 barracas de praia para que vendedores ambulantes comercializem água de coco, açaí, entre outros.

Além de gerir a área, a empresa vencedora da licitação também deve implantar os mobiliários de praia e cuidar da manutenção de quadras esportivas. O montante de investimento inclui também outros itens como a obrigação de implantação de, no mínimo, cinco conjuntos de vestiários públicos, com sanitários incluindo acessibilidade.

Uma curiosidade que chamou atenção da reportagem foi a previsão de implantação de um aplicativo sobre os serviços oferecidos no Parque Orla de Pituaçu, com alertas, calendário de eventos e outras informações relevantes sobre o parque.

Confira outras obras previstas na orla de Salvador:
– depósitos para apoiar os serviços de praia e guarda de material dos quiosques;
– parque para animais de estimação;
– áreas de sombreamento para os quiosques gastronômicos e três academias públicas;
– além de rede de internet Wi-Fi no calçadão para usuários

Debate com a população
Em setembro, a Secretaria de Ordem Pública (Semop), responsável pela licitação, iniciou abriu uma consulta pública sobre a concessão da orla de Salvador com o objetivo envolver cidadãos, prestadores de serviços e organizações da sociedade civil nos debates acerca do edital.

O BNews procurou a pasta para entender quais os principais questionamentos trazidos pela população e como a Semop adaptou o edital para contemplar os pedidos populares. Segundo a pasta, as informações, esclarecimentos e sugestões decorrentes da consulta pública foram atendidos.

“Dentre as 44 contribuições recebidas, mais de 60% representavam questões já contempladas no objeto da concessão e 30% tratavam de pedidos de informação exclusivamente relacionados ao interesse em pontos comerciais durante a operação no trecho da orla”, informou a Semop.

Fase de estudos
No início do ano passado, a prefeitura de Salvador contratou a empresa Orla BR Administração de Mobiliário Urbano LTDA, responsável pela Orla Rio, para a elaboração de estudos para análise da prestação de serviços à beira-mar em um dos trechos da orla.

A concessionária é responsável pela administração de 309 quiosques e 27 postos de Salvamento da orla marítima do Rio de Janeiro. A empresa também administra banheiros públicos, chuveiros e fraldários na orla da capital fluminense.

O estudo foi feito em um trecho da orla da Boca do Rio, passando pelas praias dos Artistas Pituaçu, Jaguaribe e Piatã, ambos ocupando aproximadamente cinco quilômetros da Avenida Octávio Mangabeira, em duas fases.