Greve dos profissionais da educação da rede municipal de Salvador já ultrapassa 70 dias

15 de julho de 2025 Off Por Boca do Rio Magazine

APLB Sindicato apresentou nova contraproposta nesta segunda e realiza manifestações nesta terça (15)

Fonte: Redação (Boca do Rio Magazine) / Foto: APLB Sindicato

A greve dos profissionais da educação da rede municipal de Salvador completou 70 dias nesta segunda-feira (14). Em assembleia realizada pela manhã, no Ginásio dos Bancários, a categoria aprovou, por ampla maioria, uma nova contraproposta elaborada pelo Comando de Greve. O documento foi encaminhado ainda no mesmo dia à Prefeitura.

De acordo com o documento, entre os itens apresentados na contraproposta, a categoria solicita a correção nos percentuais da tabela de vencimentos, conforme a Lei 8.722/2014; a criação de uma Gratificação Educacional de 30% para professores, coordenadores e gestores escolares, com implantação escalonada entre 2026 e 2028; e o restabelecimento da ajuda de custo de 50% para os profissionais que atuam nas ilhas.

Também foi definida uma manifestação para esta terça-feira (15), às 10h, na Estação da Lapa, e a convocação de uma nova assembleia para quarta-feira (16), com horário a confirmar.

Por outro lado, a Prefeitura de Salvador afirma que cerca de 78% das escolas municipais estão em funcionamento, com o retorno progressivo de profissionais aos postos de trabalho. Em nota, a APLB declarou que “não temos como informar a veracidade da informação fornecida pela SMED [Secretaria Municial de Educação]”.

A gestão municipal destaca que a campanha salarial de 2025 garantiu reajustes entre 9% e 18%, acima do percentual nacional de 6,27%, e que nenhum professor da rede recebe abaixo do piso nacional, atualmente em R$ 4.867,77. A Prefeitura também informou que negociou alterações em pontos da nova legislação salarial, como gratificações e progressão na carreira, mas afirma que não haverá novas rodadas de negociação enquanto a greve continuar. A administração municipal cita decisões judiciais que consideram o movimento ilegal desde maio e reforça o apelo pelo retorno dos profissionais às salas de aula.