IBGE afirma que Salvador é uma das cinco capitais que mais perderam habitantes em 2025
31 de agosto de 2025Queda no número de nascimentos e a saída de moradores para outras cidades e estados são os principais fatores
Fonte: Redação (Boca do Rio Magazine) / Foto: Raphael Muller (Ag. A TARDE)

Salvador está entre as cinco capitais brasileiras que perderam habitantes em 2025, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução é resultado de dois fatores principais: a queda no número de nascimentos e a saída de moradores para outras cidades e estados. Desde 2010, a capital baiana acumula uma redução populacional que já ultrapassa 9%, confirmada pelas estimativas recentes.
A cidade registrou uma diminuição de 0,18% em relação a 2024, acompanhando a tendência de Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre e Natal. Esse movimento reflete transformações sociais que vão desde escolhas individuais até questões econômicas. Cada vez mais casais optam por não ter filhos, seja por prioridades pessoais, dificuldades financeiras ou pelo peso das responsabilidades na criação de uma criança. Esse cenário levou Salvador, nos últimos três anos, a registrar o menor número de nascimentos desde o início das pesquisas do IBGE, há quase cinco décadas.
Além da baixa natalidade, a migração interna também pressiona os números populacionais. Muitos moradores deixam a capital em busca de novas oportunidades em cidades próximas, como Lauro de Freitas e Camaçari, ou em outros estados, como São Paulo. O caso do modelo João Guilherme Alves, que deixou Salvador para tentar carreira no sudeste, é apenas um entre tantos que ajudam a explicar a saída de moradores e o impacto nas estatísticas.
A queda no número de habitantes abre espaço para reflexões sobre o futuro da cidade. Com menos jovens nascendo e mais pessoas migrando, Salvador tende a enfrentar o envelhecimento da sua população, o que pode afetar a arrecadação de impostos, a oferta de serviços públicos, a previdência e até a capacidade de se reinventar economicamente. Enquanto isso, o Brasil como um todo registrou crescimento de 0,39% e chegou a 213,4 milhões de habitantes em 2025, evidenciando que o fenômeno não é homogêneo no país.