Câmara de Vereadores cria frente parlamentar mista para debater tarifa zero em Salvador
22 de outubro de 2025Atualmente, soteropolitanos precisam desembolsar R$ 5,60 na tarifa de ônibus
Fonte: A Tarde | Foto: Bruno Concha (Secom/PMS)

O debate sobre a tarifa zero nos transportes públicos chegou a Salvador. Na capital, o tema avançou na Câmara de Vereadores com a criação de uma frente parlamentar mista que discutirá o assunto, composta por vereadores da bancada de oposição.
A medida ganhou forma na última segunda-feira, 20, conforme publicado no Diário Oficial do Legislativo (DOL). Entre os membros estão:
- Professor Hamilton Assis (PSOL), presidente da Frente Parlamentar;
- Hélio Ferreira (PCdoB), vice-presidente;
- Felipe Santana (PSD), membro;
- Silvio Humberto (PSB);
- Aladilce Souza (PCdoB);
- João Claudio Bacelar (Podemos);
- Randerson Leal (Podemos);
- David Rios (MDB), suplente;
- Marta Rodrigues (PT), suplente.
A nova frente parlamentar vai debater a viabilidade de uma total isenção de tarifas nos ônibus da cidade. Atualmente, os soteropolitanos desembolsam R$ 5,60 para utilizarem o serviço.

Governo Federal também discute o assunto
Uma das grandes apostas para o fim do mandato do governo Lula (PT) é estabelecer a tarifa zero para os transportes públicos do país. A viabilidade da medida vem sendo amplamente estudada pela equipe econômica da gestão, a pedido do próprio mandatário.
A fim de avançar com o projeto, o Ministério da Fazenda vem se debruçando em antigos estudos já encomendados pelo governo que perpassam sobre o financiamento do setor de transportes.
“Tem vários estudos que estão sendo recuperados pela Fazenda para verificar se existem outras formas mais adequadas de financiar o setor”, acrescentou Haddad.
O que diz a prefeitura
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), voltou a ironizar a possibilidade de tarifa zero, sugerida por membros do governo Lula.
Em coletiva de imprensa, ele afirmou que o custo anual do transporte público, no município, é superior a R$ 1,33 bilhão, valor que está acima da capacidade de orçamento da atual administração.
“Alguém vai ter que pagar essa conta. Vamos parar de piada, de conversa fiada, de enrolar a população. Se o governo federal assumir, terá todo o nosso apoio. Porém, os municípios não têm condições de bancar isso sozinhos”, disse à época.
Segundo Bruno, a proposta só será viável se de fato o governo federal bancar parte do custo do sistema — o plano vem sendo estudado pela gestão do presidente Lula (PT), mas não teria condições de ser implementado já em 2026, segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

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