Carnaval da Boca do Rio foi do fracasso ao sucesso em 04 dias

Carnaval da Boca do Rio foi do fracasso ao sucesso em 04 dias

22 de fevereiro de 2023 0 Por Marcelo Garcia

Evento ficou marcado por problemas na parte elétrica e estrutural, além de prejuízos para alguns ambulantes, mas fechou com chave de ouro

Fonte: Redação (Boca do Rio Magazine) Foto: Boca do Rio Magazine

Muita expectativa nos dias que antecederam o início do Carnaval dos Bairros, mas após o início da festa, decepção. O Carnaval da Boca do Rio 2023 teve problemas em todos os 04 dias de festa e frustrou a expectativa de quem queria assistir o evento.

No sábado (18), primeiro dia do evento, a abertura foi às 17h com Juan e Rafael, dois moradores da Boca do Rio que já tem composições com Safadão, Tayrone e Jorge Mateus. Logo após subiu ao palco Jorge Zarath, Márcia Freire, Buck Jones, Carla Cristina, Márcio Mello e, fechando a noite, Kiko Cigano, porém, os refletores que iluminavam as quadras apresentaram falhas e ficaram apagados por cerca de 01 hora, durante o show de Buck Jones. Porém, ainda assim, boa parte do público se manteve presente, acompanhando as apresentações e aguardando a resolução do problema.

No domingo (19), segundo dia, as atrações foram Péricles e Leonardo, Pagodart, Banda Th, Sarajane, Diamba, Banda Isso Pega e O Erótico, porém, após a apresentação da banda Pagodart, um problema em um dos geradores provocou um princípio de incêndio no equipamento, fazendo com que Banda Th e Sarajane, que já estavam no local, não pudessem se apresentar. Enquanto isso, uma forte chuva caiu na região, afastando um pouco o público. Após cerca de 02 horas, o problema no gerador foi resolvido e a festa continuou com Diamba, Banda Isso Pega e, finalizando a noite com O Erótico.

Já na segunda (20), o terceiro dia do evento foi cancelado, após o mau tempo arrancar parte da lona que cobria o palco e a chuva molhar os equipamentos de som e iluminação. Diante desta situação, a coordenação do evento preferiu cancelar as apresentações, para que a equipe de manutenção tivesse tempo para fazer todos os reparos necessários para garantir a segurança dos profissionais, artistas e, principalmente, do público que esperava assistir Lincoln, Danniel Vieira, Nêssa, Jú Moraes, além de Simples Assim, Carlos Pitta e Os Mortalhas.

Esses imprevistos geraram muita insatisfação dos ambulantes que trabalhavam no local, pois os mesmos investiram em mercadorias e acabaram não conseguindo realizar as vendas, fazendo com que muitos produtos estragassem. Alguns ambulantes que vendem bebidas, relataram prejuízos com o gelo que derreteu, outros que comercializam espetinhos e pirão, por exemplo, relataram que a mercadoria estragou.

Para tentar diminuir esse prejuízo, já com a manutenção realizada, o último dia de festa teve duração maior que os dias anteriores. Começando duas horas antes, às 15h com DJ e os shows iniciaram às 16h com Os Mortalhas, logo após Rasta Groove, Quabales. Depóis foi a vez do Psirico, trazendo uma multidão para as quadras da Boca do Rio. Em seguida foi a vez de João Paulo Expresso e depois, Diego Moraes, que é morador de Pituaçu. E para fechar a noite, a jovem Ana Catarina e em seguida O Poeta, que precisou terminar o show mais cedo a pedido da 39ª CIPM, para garantir a segurança do público.

Com o sucesso do último dia, muitos ambulantes contaram que, com o grande público, o estoque de produtos acabou. Conversamos com alguns vendedores (que não iremos identificar) de cachorro-quente, churrasco, pirão e bebidas, por exemplo, e eles contaram que no último dia as vendas valeram a pena. “Graças a Deus, acabou tudo! Hoje, valeu a pena. Pelo menos, diminui o prejuízo de ontem”, disse uma ambulante.

Outro ambulante questionou o formato com que o evento é realizado. Segundo ele, valeria mais a pena se o Carnaval da Boca do Rio fosse com trios, no formato que é realizado no Nordeste de Amaralina, por exemplo. “Nosso bairro tem espaço para esse tipo de evento, basta que tenha interesse em mudar e, principalmente, tem que haver união para fortalecer o carnaval do bairro”, afirmou.

Público
Segundo a Polícia Militar, a estimativa de público total do evento, é de aproximadamente 15 mil pessoas, sendo 8 mil só na terça (21), último dia de festa.

A farmacêutica Rosana Alves, de 39 anos, contou que, apesar de não ser residente da Boca do Rio, preferiu curtir o Carnaval no espaço por não ser tão cheio como na Barra e no Campo Grande. “Eu gosto de Carnaval, mas também não gosto de muita ‘muvuca’, então achei esse lugar maravilhoso. Feito para mim, com certeza”, riu.

Este ano, além da Boca do Rio, o público teve à disposição palcos na Liberdade, Periperi, Plataforma, Itapuã, Pau da Lima e Cajazeiras, além de outras atrações espalhadas pela cidade, como a Arena do Samba, na Praça da Cruz Caída, e o Donas do Som, no estacionamento da Praça Castro Alves.

Boca do Rio Magazine BDRM

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