Proibição de sacolas plásticas em Salvador

13 de maio de 2024 0 Por Carlos Azevedo

Implementada no último domingo (12), a lei municipal nº 9.699/2023 proíbe o uso de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais

Fonte: Redação (Boca do Rio Magazine)/ imagens: Reprodução internet

Com a lei municipal nº 9.699/2023, estabelecimentos estão proibidos de oferecer sacolas plásticas (recicláveis ou não) aos clientes de forma gratuita desde o último domingo (12). A ideia é incentivar opções mais saudáveis ao meio ambiente, como as ecobags e sacolas biodegradáveis

Consequências da proibição das sacolas

Estabelecimentos que não cumprirem com os requisitos impostos pela nova restrição serão multados. Procurada, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) não informou quando os estabelecimentos começam a ser multados pelo uso de sacolas plásticas na capital baiana. Embora o valor exato da multa não tenha sido divulgado ainda, donos e funcionários de estabelecimentos estão buscando se adequar à nova legislação.

De acordo com a Associação Baiana de Supermercados (Abase), as novas regras para o uso e a comercialização de sacolas plásticas são validas em todos os estabelecimentos comerciais, e não somente para os supermercados.

Em contato com a dona de uma loja no bairro da Boca do Rio que não quis se identificar contou que ficou na dúvida de quais lojas são obrigadas a aderir às alternativas sustentáveis. De qualquer modo, disse que seu estabelecimento vai fazer a transição para sacolas de papel ou sacolas retornáveis. “Sim [sobre fazer a transição das sacolas]. Mas a dificuldade é achar as novas sacolas plásticas e de papel”, comentou a comerciante.

Impacto Ambiental do plástico

Segundo a organização World Wide Fund (WWF), o Brasil é responsável pela produção de 13 bilhões de sacolas plásticas, que são descartadas indevidamente por ano, além de 11 milhões de toneladas de lixo plástico todos os anos, o que coloca o país como quarto maior poluente do mundo.

De acordo com estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), materiais feitos a partir de plástico podem demorar cerca de 450 anos para se decompor na natureza.

Sobre o impacto do plástico no mundo e a responsabilidade dos comerciantes brasileiros, a Presidente da Abase, Amanda Vasconcelos, comentou: “Como parte da indústria varejista, reconheço nossa responsabilidade em reduzir o impacto ambiental e promover práticas sustentáveis em nossas operações. Ao proibir o uso de sacolas plásticas descartáveis, estamos dando um passo significativo na direção certa”.

Segundo ela, os benefícios da redução do plástico a longo prazo supera, e muito, a inconveniência desses primeiros dias.