Valor do m² de imóveis dispara em Salvador e morar na Orla fica mais caro

Valor do m² de imóveis dispara em Salvador e morar na Orla fica mais caro

4 de setembro de 2024 0 Por Carlos Azevedo

Os preços dispararam na capital baiana no último ano, com aumento de 10,85%

Fonte: A Tarde/ foto: Reprodução A Tarde

Em agosto de 2024, a Barra – um dos bairros mais conhecidos e palco de um dos pontos turísticos mais frequentados de Salvador – registrou o maior preço médio de vendas de imóveis dentre todos os bairros da capital baiana. O valor médio de um imóvel residencial no mês anterior foi de R$ 10 mil/m² registrado com uma alta de 19,9% em 12 meses.

A subida da Barra não foi um caso isolado e o bairro é mais um entre aqueles que contaram com uma alta variação no preço dos imóveis. Os preços dispararam na capital baiana no último ano, com uma subida de 10,85% nos últimos 12 meses. Essa é a maior variação registrada pelo índice, com somente 2012 e 2013 ultrapassando os 10%. Em 2023, por exemplo, a variação foi de 5,77%.

Seguindo o ranking de maiores aumentos Caminhos das Árvores, fica logo depois, com preço médio de vendas de R$ 8.974/m² (alta de 16,7% em 12 meses); Rio Vermelho (R$ 8.718/m²), com variação de 18%; Ondina (R$ 8.537/m²), alta de 21,8%; Pernambués (R$ 7.514/m²), variação de 14,3%; Imbuí (R$ 6.966/m²), alta de 15,8%; Graça (R$ 6.953/m²), com alta de 16,2%; Pituba (R$ 6.765/m²); alta de 8,1%; Brotas R$ 6.473/m², variação de 10,4% e Itaigara (R$ 6.457/m²), alta de 3,1%.

O preço médio de vendas dos imóveis em Salvador foi de R$ 6,4 mil/m², um aumento de 2,07%, maior que a média da nacional, que foi de 0,76%, segundo dados do levantamento realizado pelo Índice FipeZAP de Venda Residencial.

No ranking de capitais que tiveram maior acúmulo nos preços residenciais na balanço parcial de 2024, Salvador ficou em terceiro lugar, com alta de 11,06%. A capital baiana fica apenas atrás de Curitiba (12,91%) e João Pessoa (+11,10%). Em nível nacional, no acumulado do ano, a alta registrada foi de 5,13%, superando a inflação geral no período.

O índice monitora as variações dos custos das residências a partir de anúncios de apartamentos prontos anunciados na Internet em 56 cidades brasileiras. O preço médio de venda residencial em agosto no Brasil foi de R$ 9.147/m² por metro quadrado, com variações entre as cidades monitoradas.

A nível nacional, Florianópolis (SC) registrou o preço mais elevado, com R$ 11.525 por metro quadrado. Em seguida, Vitória (ES) apresentou um preço médio de R$ 11.383 por metro quadrado. São Paulo (SP), teve um preço médio de R$ 11.145 por metro quadrado.

A variação de preços também foi registrada conforme a quantidade de dormitórios. Imóveis com um dormitório registraram aumento relativamente maior de 0,84%, ao passo que unidades com dois dormitórios apresentaram a menor valorização mensal (+0,68%).

Nos últimos 12 meses, Salvador registrou uma alta de 10,85%. No Brasil, o índice apontou uma valorização de 6,87%, também acima da inflação. O Índice FipeZAP de Venda Residencial serve como um indicador ao mercado imobiliário, refletindo as variações nos preços de imóveis residenciais e ajudando a orientar compradores, vendedores e investidores em suas decisões.