Após quase 2 meses de paralisação, greve dos professores da UFBA chega ao fim

Após quase 2 meses de paralisação, greve dos professores da UFBA chega ao fim

27 de junho de 2024 0 Por Marcelo Garcia

Aulas retornam nesta quinta (27), mas novo calendário só deverá ser definido no dia 3 de julho

Fonte: Correio 24h / Foto: Uendel Galter (Ag A TARDE)

Depois do anúncio do fim da greve dos professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o retorno às aulas está previsto para esta quinta-feira (27). A decisão foi comunicada através de nota da Reitoria da universidade, que informou, na noite desta quarta-feira (26), já ter tomado ciência do encerramento da greve pelo Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub Sindicato).

Ainda em nota, a Reitoria disse que o Conselho Superior de Ensino e Pesquisa (Consepe) se reunirá no dia 3 de julho para decidir sobre os ajustes necessários ao calendário acadêmico. A assessoria da Ufba foi procurada pela reportagem para esclarecer se o início imediato das aulas configura o descongelamento do semestre ou o início de um novo, bem como para explicar por qual motivo as aulas terão retorno imediato, uma vez que não há novo calendário estabelecido, mas não obteve respostas relativas às perguntas.

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Fim da greve
Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) aprovaram o fim da greve que manteve as aulas suspensas desde o dia 29 de abril. A decisão foi anunciada durante assembleia ocorrida na tarde desta quarta-feira (26), no auditório do Pavilhão de Aulas Professor Felipe Serpa, no campus Ondina. Com unanimidade de votos favoráveis dos docentes de Vitória da Conquista e apenas duas abstenções e um voto contrário dos docentes da capital baiana, o retorno às atividades acadêmicas foi confirmado.

Desde a deflagração da greve, os professores fizeram sucessivas votações sobre o retorno das aulas. As principais reivindicações são: reajuste salarial 2024, reestruturação das carreiras do Magistério Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

A proposta apresentada pelo governo – acatada pelo Comando Nacional de Greve – foi a de reajuste zero em 2024, devido às limitações orçamentárias. Para compensar, foi oferecida uma elevação do reajuste linear, até 2026, de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.