
Governo promete gás de cozinha gratuito para 17 milhões de famílias, mas ainda sem data definida
10 de agosto de 2025Ministério de Minas e Energia diz que medida está “em fase final de elaboração” e será oficializada “em breve”
Fonte: Redação (Boca do Rio Magazine) / Foto: Joa Souza (Shutterstock)

A medida provisória que deverá garantir gás de cozinha gratuito a 17 milhões de famílias brasileiras segue, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), “em fase final de elaboração”. A promessa, que integra o programa Gás para Todos, deve ser oficializada “em breve” — expressão que, até agora, ainda não veio acompanhada de prazos claros.
Durante a inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o compromisso de oferecer gás sem custo às famílias mais pobres:
“Vamos anunciar, e tem que ser logo, que as pessoas mais humildes deste país vão parar de pagar o gás a R$ 140. Não é possível que a Petrobras consiga tirar o botijão de 13 quilos por R$ 37, e a pessoa, na sua casa, compre a R$ 130 ou R$ 140. Tem pouca gente ganhando dinheiro às custas do sofrimento de muitos. Então, nós vamos garantir que 17 milhões de famílias mais pobres tenham o gás de graça para poder cozinhar seu feijão e o seu arroz”, afirmou.

A promessa não é nova. Em agosto de 2024, quando o Brasil ainda figurava no Mapa da Fome da ONU, o governo projetava beneficiar mais de 20 milhões de famílias até dezembro de 2025. Agora, a expectativa foi ajustada para 17 milhões — e o país aguarda que o “logo” se torne realidade.
Foco social e energético
Em nota à Agência Brasil, o MME afirmou que a proposta é uma política pública com foco social e energético.
“Pelo lado social, trata de melhorar as condições de vida da população mais carente, além de contribuir para a saúde pública, ao substituir o uso da lenha por uma fonte de energia mais limpa, protegendo principalmente mulheres e crianças da exposição à fumaça tóxica”, destacou a pasta.

Já no campo energético, o objetivo é reduzir a chamada “pobreza energética” com o acesso direto ao botijão pelas famílias contempladas. O ministério ressalta que a iniciativa ajudaria a aliviar o impacto do preço do gás no orçamento doméstico.
Enquanto o anúncio oficial não vem, milhões de famílias seguem esperando para cozinhar o arroz e o feijão sem queimar lenha — e sem gastar quase um salário diário em um botijão de gás.