Prefeitura estuda ceder gestão do Parque dos Ventos para a iniciativa privada

Concessão envolve modernização, adequação, manutenção e deve custar R$ 53,4 milhões

Fonte: AratuOn / Foto: SalvadorPAR

Prefeitura de Salvador estuda modernização e concessão do novo Complexo Parque dos Ventos, na Boca do Rio, pelo valor de R$ 53,4 milhões. O projeto está em fase de estudos e é conduzido Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).

O projeto é apresentado pela SalvadorPAR, empresa de economia de mista que faz parte da prefeitura. O empreendimento indica as possibilidades de concessão comum ou parceria público-privada (PPP) do Complexo Parque dos Ventos. O tempo estimado de contrato é de 30 anos. 

De acordo com justificativa da SalvadorPAR, a concessão envolve modernização, adequação, manutenção e gestão do Parque dos Ventos. O objetivo, segundo a empresa, é “otimizar o uso do terreno existente e potencializar as atividades em seu entorno”.

O planejamento inicial era de que os estudos fossem entregues até dezembro de 2024, mas o processo atrasou e segue em andamento. Ainda conforme a SalvadorPAR, a sessão pública para tratar sobre a concessão ou formalização da PPP deve acontecer ainda no segundo semestre deste ano.

A empresa ligada a prefeitura não detalhou se a Arena Multiuso, construída nas dependências do Parque dos Ventos, será incluída no processo de concessão. 

A arena será o primeiro ginásio de grande porte de Salvador após a demolição do Balbininho, em 2010, e terá capacidade para mais de 12 mil pessoas. Bruno Reis diz que o equipamento será batizado de Balbinião. As obras estão orçadas em R$ 163 milhões e o planejamento é entregá-las até meados de 2026.

O Aratu On pediu esclarecimentos e maiores detalhes à Sempre e ao secretário da pasta, Júnior Magalhães, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

O estudo para concessão do Parque dos Ventos ocorre em paralelo com outras áreas da cidade. Uma delas é a Praça Thomé de Souza, cujo planejamento envolve o Elevador Lacerda e os planos inclinados no entorno do Centro de Salvador, além da construção de um centro convenções no subsolo do atual prédio da prefeitura.

A gestão municipal, contudo, negou que tenha intuito de privatizar o Elevador Lacerda.