Presidente da Câmara Municipal de Salvador se exalta ao falar do Carnaval na Boca do Rio: “Decisão não pode ser unilateral”

Presidente da Câmara Municipal de Salvador se exalta ao falar do Carnaval na Boca do Rio: “Decisão não pode ser unilateral”

14 de junho de 2022 0 Por Rebeca Almeida

Geraldo Jr. afirmou que decisão sobre mudanças no Circuito passa pela Casa Legislativa.

Fonte: BNews / Redação| Foto: Reprodução

O presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Geraldo Jr. (MDB), se manifestou de forma incisiva durante discussões sobre a mudança do circuito do Carnaval, da Barra-Ondina para a orla da Boca do Rio. Discussão aconteceu nesta terça-feira (14).

Durante a reunião, ele chegou a subir o tom acerca do assunto, afirmando que a decisão não pode ser tomada de maneira unilateral.

“A mudança do Circuito do Carnaval passa por essa casa. Pelos vereadores desta casa. Mudar o circuito do Carnaval sem ouvir a sociedade civil, o bairro da Boca do Rio, as entidades negras da nossa cidade, os blocos afros (…) Não dá para mudar o Carnaval. Liguei para Vovô do Ilê, para Carballal (…) Não foram consultados”, afirmou exaltado.

E acrescentou: “Todos sabem que sou a favor dos empresários do entretenimento. Sempre lutei por eles. Se tem uma atividade prejudicada, são os profissionais da música do entretenimento. Mas não podemos fazer uma mudança no Carnaval sem o aval desta casa”.

Polêmica

A possibilidade de mudança do Circuito Barra/Ondina, marca do Carnaval de Salvador, tem gerado polêmica. O prefeito da cidade, Bruno Reis (União Brasil) confirmou a possibilidade e o Conselho do Carnaval já apresentou um projeto à prefeitura para viabilizar a mudança. No entanto, a situação ainda gera debates e não foi totalmente decidida.

Desapropriações de trechos da orla, entre os bairros de Pituaçu e Patamares, foram anunciados, aumentando a polêmica em torno da mudança.

O Boca do Rio Magazine fez uma enquete entre os internautas e o resultado demonstrou e a grande maioria dos moradores da Boca do Rio é contra a mudança: 68% respondeu que não apoia a mudança ‘de jeito nenhum’, enquanto que 32% responderam que aprovam.