Surto de dengue, zica e chikungunya preocupa moradores da Boca do Rio

Surto de dengue, zica e chikungunya preocupa moradores da Boca do Rio

17 de abril de 2020 0 Por Marcelo Garcia

Ruas Bernadete Dias e Cristóvão Ferreira estão sofrendo com o mosquito aedes aegypti

Fonte: Redação | Foto: Street View

Em tempo de isolamento social, o recomendado pelos órgãos de saúde é que a população fique em casa para evitar a proliferação do Covid-19. Mas, evitando um problema, a população acaba se colocando em risco para outro, também muito grave e que já matou muita gente: dengue, zica e chikungunya.

Muitos moradores da Rua Bernadete Dias e Rua Cristóvão Ferreira, aqui na Boca do Rio, já foram diagnosticados com alguma dessas doenças e estão com medo de ter mais problemas. Segundo eles, o problema está em caixas d’águas abertas ou mal tampadas e vários pontos de acúmulo de lixo, como um terreno que fica próximo à esquina com a Rua José Abade.

“Sabemos que todos os esforços neste momento são para combater o coronavírus, porém não podemos ficar adoecendo assim. Minha mãe tem 87 anos e teve chikungunya há 30 dias e o quadro dela, mesmo com todo medicamento, está complicado. Ela sente muitas dores. Eu moro na Rua Cristóvão Ferreira e aqui, muita gente está com uma dessas doenças. Precisamos de ajuda!”, disse a denunciante que prefere não se identificar.

“Aqui na Cristóvão Ferreira, que eu saiba teve minha filha, minha esposa, meu genro, minha vizinha… muita gente!”, disse outro denunciante.

Como neste momento os agentes de endemias não podem adentrar as casas por conta do isolamento social, os moradores pedem a presença do fumacê.

“Já falei com um agente de saúde e essa seria a solução. A prefeitura precisa ver isso, uma vez que a situação é grave. A chikungunya e a Síndrome de Guillain-Barré, por exemplo deixam sequelas por um bom tempo ou eternas”, completou.

Vale lembrar que há cerca de 30 dias, o prefeito ACM Neto declarou que as casas abandonadas que representem risco à saúde pública e com foco do mosquito aedes aegypti, causador da dengue, zika e chikungunya, seriam arrombadas e limpas pelos profissionais de saúde e a conta seria enviada para o proprietário do imóvel.