Câmara de Salvador aprova lei que proíbe prefeitura de contratar artistas que tenham músicas com teor sexual

Câmara de Salvador aprova lei que proíbe prefeitura de contratar artistas que tenham músicas com teor sexual

19 de dezembro de 2024 Off Por Marcelo Garcia

Lei foi aprovada na última terça-feira (18) e segue para análise do prefeito Bruno Reis

Fonte: Metro 1 / Foto: Unsplash

Um Projeto de Lei, nº 167/2024, que proíbe a contratação pela prefeitura de artistas que promovam, em suas músicas, conteúdos de caráter sexual explícito, incentivo a crimes ou ao uso de entorpecentes, foi aprovado pela Câmara dos Vereadores de Salvador nesta terça-feira (18).

A proposta, de autoria do vereador Alexandre Aleluia (PL), estabelece que a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) será encarregada de avaliar o conteúdo de artistas a serem contratados para eventos custeados com verba pública, principalmente enquanto acontece o Carnaval. O PL deve ser examinado pelo prefeito, que será responsável por sancionar ou desautorizar a lei.

O PL também define as penalidades em caso de violação da norma. O artista ou banda poderá ficar proibido de ser contratado pela prefeitura por um período de três anos. Se menores estiverem envolvidos na apresentação, o prazo será estendido para quatro anos. Junto a isso, a administração da capital baiana poderá até exigir o reembolso do cachê, caso este tenha sido pago nos últimos dois anos.

A proibição de contratar artistas que apresentem músicas com conteúdo sexual não é uma discussão nova. Em 2012, foram sancionadas as leis municipal nº 8.826 e estadual nº 12.573, conhecidas como ‘antibaixaria’, que proíbem o uso de verba pública para contratar artistas cujas músicas incentivem violência, desrespeitem mulheres, ou promovam homofobia, discriminação racial e apologia ao uso de drogas ilícitas. No Carnaval de 2023, o Ministério Público da Bahia recomendou à prefeitura de Salvador a fiscalização de artistas e blocos para garantir o cumprimento dessas leis.