Boca do Rio aparece entre os bairros preferidos para compra e aluguel de imóveis em Salvador

Boca do Rio apareceu logo atrás do Imbui, nas listas de um estudo realizado pelo Grupo OLX

Fonte: Redação (Boca do Rio Magazine) | Foto: Enio Santos (Bahia Drone)

Um estudo sobre o mercado de imóveis em Salvador nos últimos 12 meses revela que Pituba e Imbuí são os bairros mais procurados por quem deseja se mudar. As regiões, não por acaso, estão entre os bairros que têm o metro quadrado (m²) mais caros da capital baiana. O levantamento foi elaborado pelo DataZAP, do Grupo OLX, que analisou os anúncios de casas e apartamentos na cidade.

A Pituba aparece no topo do ranking dos bairros mais procurados para venda de imóveis em Salvador, respondendo por 9% de todas as buscas. O valor médio do m² na região é, em média, R$ 6.324, o nono mais caro da cidade. Na prática, isso significa que um apartamento de 70m² é vendido por valores semelhantes a R$ 442 mil no bairro.

Em segundo lugar, aparece o Imbuí (6%), onde o m² custa, em média, R$ 6.710 – o quinto mais valorizado. Apesar de serem os mais visados, a pesquisa Radar Imobiliário mostra que a busca por imóveis em Salvador é diversificada.

Na relação, a Boca do Rio aparece em quinto lugar, ficando atrás de Brotas, em terceiro, e Itapuã, em quarto. O bairro ficou à frente de Stella Maris, Piatã, Barra, Rio Vermelho e Costa Azul, nessa ordem.

“Há intensa variação de posições entre os bairros no top 10 mais buscados, movimento que reforça ainda mais o equilíbrio do setor imobiliário local. A exceção é a Pituba, que se manteve na liderança no ranking de vendas e de locação”, analisa Ana Tedesco, economista do DataZAP.

O estudo, a que o CORREIO teve acesso com exclusividade, é feito com base nos anúncios publicados na plataforma do Grupo OLX, que inclui Zap, Viva Real e OLX.

Aluguel
Quando o assunto é a busca por locação, o cenário é ainda mais favorável para a Boca do Rio. Pituba e Imbui lideram o ranking (14,2% e 5,4% respectivamente), e a Boca do Rio sobe para terceiro lugar (4,9%), ficando à frente de Brotas (4,7%) e de outros bairros que têm custos mais elevados, como Barra, Ondina e Caminho das Árvores.

Esse crescimento, provavelmente, se deve à valorização da Boca do Rio nos últimos anos. Com a vinda e a consolidação do Festival Virada Salvador na orla da Boca do Rio, os turistas já começam a se organizar antecipadamente para não ficar sem ter onde ficar durante a realização do evento.

Outro fator que pode ter influenciado, foi a discussão da criação de um novo circuito do carnaval na orla da Boca do Rio, que está sendo reformada. Esse assunto foi encerrado pela prefeitura de Salvador, mas, naturalmente, deve ter influenciado o interesse dos investidores nessa região.

A prefeitura de Salvador tem investido pesado na região da Boca do Rio. Prova disso é o anúncio que foi realizado nesta segunda (01) da assinatura da ordem de serviço para a construção da Arena Multiuso na orla da Boca do Rio, entre o Parque dos Ventos e o Centro de Convenções de Salvador. Já o Governo do Estado, também está se movimentando para não ficar fora dessa disputa. Foi divulgado no final de 2023 pelo Secretário do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Sodré, que existe um planejamento para que seja realizada a reforma do antigo Museu de Ciência e Tecnologia de Salvador, abandonado há mais de 05 anos, junto com a requalificação da lagoa do Parque de Pituaçu, com a criação, inclusive, de um possível centro esportivo. Infelizmente, esses anúncios do Governo do Estado ainda não saíram do papel.

Em matéria publicada na 7ª edição do impresso Boca do Rio Magazine, fizemos uma análise desse boom imibiliário. Na orla do Jardim de Alah até Pituaçu, podemos observar diversos empreendimentos imobiliários sendo construídos. Outro fator importante é a vinda de grandes redes de supermercados como o Assaí Atacadista, instalado onde ficava o antigo Extra Paralela, e o Hiper Ideal, com duas unidades aqui na região, uma próximo ao antigo Centro de Convenções da Bahia e outro na orla, onde ficava o antigo Bompreço.