Prefeito de Salvador diz que não há prazo para definir reajuste de tarifa de ônibus

Prefeito contou que pretende subsidiar a tarifa de ônibus do transporte público municipal visando evitar um reajuste maior

Fonte: Redação (Boca do Rio Magazine) | Foto: Secom PMS

Passados já sete meses de 2023, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), voltou a afirmar que não há prazo previsto para uma definição a respeito do reajuste da tarifa de ônibus na capital baiana.

Esboçando impaciência ao ser questionado por jornalistas, nesta quarta-feira (2), durante lançamento de editais voltados para o setor cultural, ele sugeriu à imprensa que “delete” o assunto e evite “especulações” sobre o tema.

“Gente, não tem prazo. Está em discussão, hoje ainda vou me reunir pra tratar desse assunto. Está havendo as discussões do consórcio e da consultoria contratada pela Prefeitura pra estudar a revisão tarifária. Tem diversos pontos divergentes, então, estamos sim tentando construir os consensos”, declarou o chefe do Executivo municipal, em entrevista coletiva.

“Quando terminar essa discussão é que vai se ter o resultado do trabalho que está sendo realizado. Então, deletem esse assunto, se despreocupem”, recomendou o prefeito, garantindo que após a conclusão das tratativas irá apresentar todos os números envolvidos na composição do valor da passagem. “Vocês todos saberão o custo de cada item do transporte público, o que é que isso impacta na tarifa, qual o valor que vai ser da tarifa pública e qual valor que vai ser da tarifa técnica”, pontuou.

Durante a entrevista, de forma equivocada, Bruno Reis afirmou ainda que “pela primeira vez em sua história” a Prefeitura vai subsidiar parte da tarifa do transporte coletivo. “O prefeito, para diminuir o aumento, vai pagar parte da tarifa”, frisou o gestor municipal, sem levar em conta de que no ano passado o município já havia custeado uma parcela do valor da passagem de ônibus.

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“Tá gravando aí? Pronto… Vamos concluir, pra a gente não ficar nessa especulação, vai, não vai, é hoje, é amanhã, depois de amanhã…”, acrescentou o ocupante do Palácio Thomé de Souza, incomodado com a insistência nos questionamentos sobre o tema.

“Já ganhamos sete meses, irmão. [O reajuste] era pra ter sido em 1º de janeiro, está no contrato. Tem o contrato lá assinado, de concessão, que eles têm as obrigações e a prefeitura também. Já ganhamos sete meses, quem sabe ganhamos oito, nove? Vamos ver”, concluiu.