
Artigo da Psicóloga Noeme Vale reforça ações em prol da saúde mental; confira
16 de setembro de 2022Para reforçar a campanha Setembro Amarelo, ao longo do mês o BDRM tem publicado textos de psicólogos atuantes no bairro.
Fonte: Redação | Foto: Arquivo Pessoal

O mês de setembro é um período do ano dedicado para tratar temas de saúde mental e esclarecer mitos sobre o suicídio. Com isso em vista, o Boca do Rio Magazine (BDRM) vai publicar uma série de textos produzidos por psicólogas do bairro, com objetivo de ampliar os espaços onde é possível falar sobre o assunto de maneira aberta e responsável. A nossa segunda convidada é a dra. Noeme Vale, psicóloga (CRP 03/18480), ela atende crianças, adolescentes, adultos e idosos. O perfil nas redes sociais é @psilivres. Confira o texto abaixo:
SETEMBRO AMARELO MÊS DE PREVENÇÃO AO SUICIDIO
Assim como outros tipos de comportamentos autodestrutivos, o suicídio é um complexo problema de saúde mundial e os aspectos que incorporam este trágico desfecho são de ordem multifatorial, abrangendo questões biológicas, de conteúdo genético, fatores ambientais, psicológicos, econômicos e sociais.
O suicídio
É qualquer ação que uma pessoa faz contra si com a intenção de morrer, quando ela consegue efetivar seu ato. É importante entender que, em muitos casos, a pessoa não quer deixar de viver, ela quer apenas livrar-se do sofrimento, quer matar sua dor. Quando a pessoa está adoecendo há uma mudança em sua rotina, mudam os pensamentos, os comportamentos e com o tempo vão se agravando e necessitando de um olhar clínico, e ajuda de um profissional na área da saúde mental.
A pessoa passa ter: PENSAMENTOS SOBRE A MORTE; DESEJO DE MORTE; ATOS IMPULSIVOS; TENTATIVA DE SUICÍDIO; e por fim o SUICÍDIO.
Frases bastantes comuns que utilizam
“Nada mais parece fazer sentido“
“não consigo mais suportar…”
“Não aguento mais viver assim“
“seria melhor morrer…”
“ Minha vida já não faz mais sentido…” Dentre outras…
Alguns sinais e comportamentos que devem ser observados:
ISOLAMENTO; DESINTERESSE; AGRESSIVIDADE; MUDANÇAS DE HÁBITOS; AUTO ESTIMA DIMINUÍDA.

COMO PREVENIR?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 90% dos suicídios que acontecem ao redor do mundo poderiam ser prevenidos com uma rede de apoio em torno da vítima:
- APOIO DA FAMÍLIA,
- CRENÇAS RELIGIOSAS, CULTURAIS, E ÉTNICAS;
- ENVOLVIMENTO NA COMUNIDADE;
- UMA VIDA SOCIAL SATISFATÓRIA;
- INTEGRAÇÃO SOCIAL COMO ATRAVÉS DO TRABALHO E DO USO CONSTRUTIVO DO TEMPO DE LAZER;
- ACESSO A SERVIÇOS E CUIDADOS DE SAÚDE MENTAL.
O suicídio é uma questão complexa e, por isso, os esforços de prevenção necessitam de coordenação e colaboração entre os múltiplos setores da sociedade (OPAS, 2018).
Além dos fatores protetores, as práticas de autocuidado são essenciais na luta contra o suicídio:
- PRATICAR EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR;
- TER UMA QUANTIDADE DE SONO SATISFATÓRIA;
- MANTER UMA BOA ALIMENTAÇÃO;
- FORTALECER OS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS;
- EQUILIBRAR BEM A ROTINA COM TEMPO PARA DESCANSO E LAZER;
- FAZER TERAPIA.
IMPORTANTE: A prevenção do suicídio vai muito além da campanha de setembro. Ela deve acontecer o ano inteiro!
Se você precisar de ajuda, entre em contato como Centro de Valorização da Vida ( CVV ) 188.
Referências:
Bertolote,J.M.,FEISCHAMAN. A Suicide and psychiatric diagnosis: a worldwide perspective.
BRASIL. Ministério da saúde. Suicídio: saber, agir e prevenir: cartilha com dicas para profissionais de saúde e população.
BRASIL, Ministério da saúde. Prevenção do Suicídio: Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Campinas, 2006.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: Manual para professores e educadores. Brasília, DF, 2000.
ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Suicídio é grave problema de saúde pública e sua prevenção deve ser prioridade. Brasília, DF, 2018.
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